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Europeus acusam brasileiros de 'oportunistas' diante da crise na Rússia

Embargo aos países da UE pode abrir portas para as exportações brasileiras. Rússia negocia com parceiros como Brasil, Argentina e China

Moscou impôs uma proibição total de importações de muitos alimentos ocidentais em retaliação contra as sanções sobre a Ucrânia, uma medida mais forte do que o esperado, que isola consumidores russos do comércio mundial a um nível não visto desde os tempos soviéticos

Agricultores europeus acusam os exportadores brasileiros de "oportunistas" diante da crise na Rússia. Os maiores sindicatos de agricultores da Europa admitiram na quinta-feira, que o embargo russo terá impacto na renda do campo na União Europeia e pedem que Bruxelas leve o caso imediatamente aos tribunais da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Xavier Beulin, presidente da Federação Nacional de Sindicatos de Produtores Agrícolas da França, não poupou críticas ao Brasil. Segundo ele, a Rússia já preparou o terreno para essa medida adotada ontem, abrindo negociações com parceiros como Brasil, Argentina e China. "É uma atitude oportunista", acusou Beulin, que pediu uma reunião com o presidente francês François Hollande para "exigir uma resposta".

Na França, a estimativa é de que o embargo possa custar 500 milhões em exportações. Mas o sindicalista diz que Vladimir Putin agiu de forma "muito inteligente". "Ele escolheu produtos perecíveis e que terão de ser jogados no mercado europeu agora", comentou. "A consequência disso é não apenas a queda das exportações, mas também a redução do preço doméstico para setores como o de frutas, legumes, leite e carnes. Isso significa, portanto, uma queda na renda dos produtores."

O poderoso Sindicato Agrícola Europeu apelou a uma ação na OMC, alertando que a diferenciação que os russos fazem entre produtos brasileiros e europeus é "ilegal". A Rússia é o quinto maior importador de bens agrícolas do mundo e consome pouco mais de 2% do fluxo mundial. Em grandes cidades, 60% do consumo é de bens importados. O Brasil é o segundo maior fornecedor de bens agrícolas, superado apenas pela Bielorrússia.

Na Espanha, o secretário-geral da Coordenação de Organizações Agrícolas e Pecuárias, Miguel Blanco, acusou o setor agrícola europeu de estar sendo manipulado por "considerações geopolíticas". Segundo ele, em 2013, 43% da cota russa para alimentos foram abastecidas pela União Europeia, contra apenas 8% pelo Brasil.

Embargo russo aos EUA e UE favorece vendas do Brasil, diz ministério

OMC

Na terça-feira, a UE admitiu que estuda ações na OMC. "Reservamos nosso direito a tomar uma ação", declarou Frederic Vincent, porta-voz do bloco. Na Alemanha, os sindicatos alertaram que vendas no valor de pelo menos 580 milhões devem ser afetadas. Em Berlim, fontes do setor agrícola também insinuaram que o Brasil estava tirando proveito de uma guerra e de uma violação da soberania de um país, a Ucrânia. "Isso tudo só prova que, na Rússia, o comércio é uma arma política e que não existem regras", declarou uma representante do setor privado, que pediu para não ser identificado.

Mas o embargo anunciado ontem também abriu uma disputa interna na Europa. O primeiro-ministro da Finlândia. Alexander Stubb, defendeu que seu país seja compensado pelas perdas sofridas por causa da guerra comercial. Segundo ele, a Finlândia depende das vendas ao mercado russo e seus prejuízos teriam de ser em parte reparados por governos europeus que sofram menos com o embargo. Em Bruxelas, a UE afastou qualquer possibilidade de discutir compensações.

Fonte: Agência Estado / Estado de Minas - 08/08/2014


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