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Produção de veículos no Brasil tem pior julho em 8 anos

A produção das montadoras no mês passado somou 252,6 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, queda de 20,5 por cento sobre julho de 2013

lberto Alerigi Jr

A indústria de veículos do Brasil teve em julho seu pior resultado de produção para o mês em oito anos, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela associação que representa o setor, Anfavea.

A produção das montadoras no mês passado somou 252,6 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, queda de 20,5 por cento sobre julho de 2013. Antes disso, o resultado mais fraco para julho ocorreu em 2006, com produção de 221.636 veículos.

Ante o curto mês de junho, porém, a produção de julho subiu 17 por cento, o que motivou esperanças da entidade sobre uma confirmação de sua expectativa de um segundo semestre melhor que a primeira metade do ano.

"Houve uma queda muito grande e não esperada na confiança no primeiro semestre (...) A partir de março houve um clima de pessimismo exagerado. Houve quebra de confiança no nosso consumidor, aliado a uma seletividade do crédito", disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan, a jornalistas.

No acumulado do ano, a indústria produziu 17,4 por cento a menos, ou 1,82 milhão de unidades, ainda longe da projeção anual já reduzida da entidade, de queda de 10 por cento.

A desaceleração é atribuída pelo setor a fraquezas do mercado interno, que além da baixa confiança dos consumidores, tem sido atingido por reticência dos bancos na concessão de crédito. Além disso, as montadoras também estão sendo atingidas por tombo das exportações, que em julho caíram 36,7 por cento sobre um ano antes, para 34,2 mil veículos.

A Anfavea reduziu em julho suas projeções de desempenho da indústria este ano, prevendo queda de 10 por cento na produção e recuo de 5,4 por cento nas vendas no mercado interno. A projeção para as exportações é de queda de 29 por cento.

A revisão foi feita depois que os estoques de veículos novos à espera de comprador chegaram perto das 400 mil unidades em junho, suficiente para mais de 40 dias de vendas. Em julho, o número recuou, mas seguiu elevado, em 382,6 mil unidades.

MANTENDO O AJUSTE

O cenário tem feito uma série de montadoras a ajustar produção por meio de concessão de férias, suspensão de contratos de trabalho e redução de jornadas em fábricas e obrigou o governo federal a adiar para o fim do ano aumento de carga tributária que deveria ter ocorrido no final de junho.

Segundo a Anfavea, o nível de emprego nas montadoras fechou julho em 150.295 postos ocupados, queda de 4,2 por cento sobre um ano antes, ou quase 6.700 empregos a menos no setor.

Moan, que também é diretor de relações institucionais da General Motors no Brasil, afirmou que a redução de produção está sendo feita em praticamente todas as montadoras associadas da Anfavea e "deve continuar, para adequar o nível de estoque".

Por exemplo, a General Motors negocia com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos a suspensão de contratos de trabalho de cerca de 1.000 funcionários de sua fábrica na cidade paulista.

Por segmento, a produção de carros e comerciais leves caiu 19,9 por cento em julho em relação ao mesmo período do ano passado. Já o volume produzido de caminhões recuou 30,5 por cento, enquanto ônibus tiveram queda de 22,9 por cento.

Para o sócio diretor responsável pela área de veículos da consultoria Roland Berger, Stephan Keese, se o mercado não se recuperar após as eleições, o setor corre o risco de ver anúncios de grandes demissões.

"Provavelmente, não vai acontecer nada pesado antes das eleições, até porque a indústria tem que preservar o relacionamento com o governo (federal). Mas depois das eleições, se o mercado não se recuperar, tem risco de vermos uma redução de capacidade mais acentuada", disse Keese.

Ele afirmou que o setor está operando com cerca de 70 por cento de sua capacidade ocupada, quando o ideal para uma rentabilidade atraente é de 75 a 80 por cento.

Segundo ele, as exportações também não devem servir de apoio à produção no curto prazo. "Infelizmente, não vejo muitas possibilidades para as exportações, porque o Brasil não tem competitividade. Exportação não é uma coisa que você pode ajustar no curto prazo. Precisa de estratégia de longo prazo para preparar os destinos e no momento o Brasil não tem muitos acordos de livre comércio e tem poucos veículos leves com custo atraente para os mercados internacionais", afirmou.

VENDAS

As vendas de veículos novos no mercado interno no mês passado subiram 11,8 por cento na comparação com junho, diante de um período maior de comercialização, mas tombaram 13,9 por cento sobre julho de 2013, para 294,8 mil unidades, segundo a Anfavea.

No acumulado do ano, o setor acumula vendas de 1,96 milhão de veículos, queda anual de 8,6 por cento, recuo ainda acima da previsão da Anfavea para 2014, de queda de 5,4 por cento nos licenciamentos.

Os dados indicam que além da queda nas vendas gerais, os emplacamentos que estão sendo realizados estão se concentrando mais no segmento popular, que entrega margens reduzidas à indústria.

A participação de veículos com motor 1.0 em julho no total das vendas foi a maior em 2014 até agora, a 40,7 por cento. Em janeiro a fatia era de 37,8 por cento. Enquanto isso, os modelos com motorizações mais potentes que 1.0 perderam espaço, saindo de 61,4 por cento no início do ano para 58,7 por cento no mês passado.

Fonte:  Reuters / Administradores.com  -  07 /08/ 2014

 


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