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Alívio do crédito já estava nos cálculos da política monetária

As medidas de incentivo ao crédito adotadas pelo Banco Central na sexta-feira já haviam sido incorporadas às projeções oficiais de inflação e, portanto, integram os cálculos da estratégia de política monetária, que contempla a manutenção dos juros básicos em 11% ao ano. Por esse motivo, foram previamente sinalizadas na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na semana passada.

Setores do mercado financeiro identificaram nas medidas uma forma de estimular a economia, atendendo pressões do Palácio do Planalto e do Ministério da Fazenda, mas sem cortar a taxa de juros, o que poderia ser interpretado como o abandono do trabalho de combate à inflação.

O Banco Central, porém, insiste que, apesar dos inegáveis impactos sobre demanda agregada e inflação, o foco das medidas anunciadas foi lidar com o excesso de liquidez retido dentro do próprio balanço da autoridade monetária, sob a forma de depósitos compulsórios, que "tem inibido o melhor funcionamento do mercado de crédito".

Em dezembro de 2010, quando as medidas macroprudenciais foram adotadas pela primeira vez, o mercado financeiro também as entendeu como um sinal de fraqueza da autoridade monetária, que não estaria disposta a subir os juros para conter a inflação. Um mês depois, em janeiro de 2011, o Banco Central subiu os juros. A partir de então, ficou mais claro que o BC passaria a usar dois instrumentos, as medidas macroprudenciais e a taxa de juros, para atingir dois objetivos, respectivamente a estabilidade financeira e cumprir a meta de inflação.

Hoje, o BC tem dois órgãos institucionais distintos, embora com os mesmos integrantes, para desempenhar esses dois papéis. O Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), criado em 2011, define as estratégias relacionadas à estabilidade financeira. O Copom cuida da política monetária. Apesar dos ambientes diferentes, as decisões do Comef são pesadas nas decisões do Copom, e vice-versa. O alívio no crédito não muda a tendência de convergência da inflação à meta até meados de 2016, mantidas as condições monetárias.

O diagnóstico do Comef é que não falta liquidez no sistema bancário. O volume de depósitos compulsórios subiu R$ 50 bilhões nos últimos 12 meses, chegando a R$ 405 bilhões. Mas há problemas na distribuição dessa liquidez. Ela está concentrada no BC e não chega a todos os potenciais segmentos econômicos demandadores de crédito. Um exemplo são as instituições financeiras de pequeno e médio porte, muitas das quais atuam em nichos como consignado e crédito a empresas.

Foi possível incentivar o crédito, na visão do Banco Central, porque o quadro é bem mais tranquilo do que em 2010 e não inspira os riscos potenciais à estabilidade financeira que se observavam naquele período.

A expansão do crédito voltado ao consumo se moderou, com retração em algumas importantes linhas (caso de financiamento de veículos) ou crescimento abaixo da taxa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB).

Do lado da demanda por crédito, o Banco Central também vê uma mudança de perfil, com maior procura por financiamentos imobiliários e menor procura por financiamentos ao consumo. O financiamento da casa própria significa abrir mão de consumo, de um lado, e de outro constituir um patrimônio. Isso faz com que o balanço das famílias fique neutro, com uma dívida de um lado, mas um ativo de outro.

A visão do BC é que, hoje, não há nenhum indício de que estejam sendo realizadas operações que possam fomentar riscos à estabilidade financeira, já que as instituições financeiras passaram a usar políticas de concessão de crédito mais conservadoras.

Por Valor Online / Gestão Sindical - 28/07/2014

 


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