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Brasil investe pouco e mal no turismo

Um país continental, praias entre as mais bonitas do mundo, centros históricos de tirar o fôlego e gastronomia ímpar. Mesmo com esse cenário paradisíaco, o Brasil não consegue avançar na atração de turistas estrangeiros. Em 2000, entraram no país 5,3 milhões. Em 2013, foram 6 milhões. Foram precisos 13 anos para aumentar em 700 mil o número de visitantes de fora, ou 13,2%.

Os números da América do Sul dão a dimensão da lentidão brasileira na atração de turistas. No mesmo período, o aumento foi de 80,26%. A média mundial foi 57,7% no mesmo período. A vizinha Argentina conquistou quase o mesmo volume de turistas que o Brasil: 5,7 milhões no ano passado, apesar da crise que faz subir os preços por lá.

Revisão

Metas para crescimento do turismo têm sido adiadas desde 2007

O Brasil vem reduzindo suas metas para o crescimento do turismo internacional no país em sucessivas revisões do plano nacional para o setor. Em 2007, a estimativa era bater 7,9 milhões de estrangeiros no país até 2010. O Plano Aquarela, lançado no fim de 2009 e com metas traçadas para o período 2010-2020, deslocou a previsão de movimento anual de quase 8 milhões de estrangeiros para 2015.

No planejamento para o período 2013-2016, a meta foi empurrada para o ano dos Jogos Olímpicos. A fatia prevista para o primeiro ano desse triênio não foi alcançada. Em 2013, o Brasil recebeu, de acordo com dados preliminares do Ministério do Turismo, 6 milhões de estrangeiros, ante 6,2 milhões previstos.

Má gestão

De novo, a falta de recursos e de planejamento atingiu o setor. De 2011 a outubro de 2013, os 13 escritórios da Embratur no exterior ficaram fechados. Os contratos com as firmas de promoção tinham expirado.

Uma série de razões justifica a velocidade de carroça no aumento do total de turistas estrangeiros que visitam o Brasil. Entre elas, segundo especialistas estão a distância de regiões como Estados Unidos e Europa, a exigência de visto e a dificuldade para obtê-lo, o investimento pífio em promoção no exterior, falta de planejamento, uso político e pouca importância dada à pasta do setor.

A Embratur (braço do Ministério do Turismo para promover o Brasil lá fora) tem boa vontade, mas o orçamento é muito pequeno. Teria que ser de R$ 1 bilhão, para participar de mais feiras, desenvolver aplicativos de turismo, comprar horário no Discovery Channel, diz o especialista em transporte aéreo e turismo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Respício do Espírito Santo.

E a verba vem caindo: encolheu 37% desde 2011, quando foi de R$ 188,4 milhões, chegando a R$ 117,3 milhões este ano. Em 2013 e 2014, recebeu R$ 28,3 milhões de outros órgãos do governo federal.

Todo ano escuto a Embratur anunciar que o turismo internacional cresceu 8%, 10%, mas o número de turistas não muda. Temos um país continental, diversidade, gastronomia, clima. É uma incompetência total, afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio (ABIH-RJ), Alfredo Lopes.

Entrave

No ranking mundial, o Brasil, que figura entre as dez maiores economias do mundo, ocupa a 45.ª posição em recepção de turistas estrangeiros. Ao longo dos anos, foi perdendo participação no turismo internacional, saindo de 0,7%, em 2000, para 0,5%, em 2012. Na América do Sul, também perde terreno. No início da década passada, respondia por 35% dos turistas na região. Em 2012, a fatia caiu para 21%.

O presidente da Embratur, Vicente Neto, reconhece que o desempenho do Brasil na atração de estrangeiros está longe do ideal. Mas diz que o mais importante é aumentar a receita com esses turistas, e isso o Brasil está conseguindo. No ano passado, chegou a US$ 6,7 bilhões, 272% acima do US$ 1,8 bilhão de 2000. Na América do Sul, a expansão foi de 159%.

O número de turistas não é a principal questão. O foco é o que eles geram, defende.

Fonte:  Gazeta do Povo / Gestão Sindical -  10/06/2014


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