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Com inflação e taxas de juros em alta, caderneta sai do foco

São Paulo - A caderneta de poupança é o instrumento mais conhecido para se poupar. É fácil entender seu funcionamento, os recursos podem ser sacados a qualquer momento e o cálculo do rendimento é simples. Mas até que ponto vale manter essa aplicação em um momento de juros mais elevados e pressão inflacionária? O fluxo de recursos para esse investimento em abril parece dar uma dica de qual é a resposta. Pela primeira vez desde fevereiro de 2012, foram registrados mais saques do que depósitos: a captação ficou negativa em R$ 1,273 bilhão. Uma parte pode ter sido destinada a gastos com consumo ou para complementar a renda, já que a inflação corrói o poder de compra dos salários. No entanto, outra parte pode ter sido direcionada a opções mais rentáveis. Entre elas, os especialistas indicam Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e títulos do Tesouro Direto.

O aposentado Luiz Roberto Bacchimi desistiu da poupança e entrou na sopa de letrinhas de outros investimentos. Para ele, há opções mais vantajosas que são tão seguras quanto a tradicional caderneta e que já oferecem condições de liquidez, ou seja, do saque dos recursos, mais amigáveis:

- Hoje não tenho mais poupança. Tem outros investimentos que compensam mais, mesmo para quem é conservador.

Rentabilidade diária

Uma das alternativas de Bacchimi tem sido as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), que são títulos de instituições financeiras que possuem como garantia as operações de empréstimos habitacionais. Assim como a caderneta de poupança, o papel tem garantia caso o banco emissor venha a ter algum problema - de até R$ 250 mil por cliente na mesma instituição financeira - e não há incidência de Imposto de Renda (IR). Há prazo para o resgate, que em geral é de no mínimo 30 dias a partir da data de aplicação. Mas a grande diferença no momento tem sido a remuneração. Enquanto a poupança paga 6,68% ao ano, uma LCI que pague ao menos 80% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI, taxa usada nas negociações entre as instituições financeiras, fixada com base na taxa básica Selic) já compensa a troca.

Ele também possui recursos aplicados em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), que são mais vantajosos mesmo com a incidência do IR - que é de 22,5% sobre os ganhos para quem aplica por até seis meses e de 15% após dois anos.

A superintendente de Investimentos do Santander, Sinara Polycarpo, recomenda essas aplicações para quem prefere não correr riscos e quer ganhar um pouco mais. A executiva lembra que cada banco cobra um mínimo para aplicar nesse tipo de investimento (no caso do Santander, o mínimo é de R$ 500 para o CDB), mas que isso não significa que quem tem menos dinheiro para poupar por mês não possa fazer essa migração. Ela sugere deixar o dinheiro na poupança, que não tem exigências quanto a valores, até alcançar o valor mínimo para migrar de investimento.

- O importante é juntar dinheiro. O brasileiro tem dificuldade em economizar e a se planejar financeiramente - diz, lembrando que o ideal é deixar na poupança só o dinheiro para eventualidades.

Segundo o diretor de empréstimos e financiamentos do Banco do Brasil, Edmar Casalatina, quem migrar e buscar um rendimento um pouco maior, mas com segurança, deve mirar os prazos mais longos, em que as taxas de retorno costumam ser melhores. E acrescenta um "defeito" à poupança: embora o dinheiro possa ser sacado a qualquer dia, o rendimento só é incorporado no aniversário mensal da aplicação, ou seja, se você sacar o dinheiro da poupança um dia antes, perde o rendimento, diferentemente de outras aplicações.

Outra opção para quem quer fazer o dinheiro render um pouco mais, com segurança, são os títulos públicos, que podem ser comprados no Tesouro Direto (programa do governo de venda a pessoas físicas). É preciso contratar uma corretora e pagar uma taxa de custódia. Para compensar, esse custo não pode ser superior, no ano, a 1% da aplicação. No caso das Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), o rendimento é igual à Selic, hoje em 11%.

Parece complicado, mas é possível fazer e é seguro - diz Michael Viriato, professor de Finanças do Insper.

Fonte: O Globo / Gestão Sindical – 19.05.2014


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