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Política de correção do salário mínimo pode mudar

 Decisão coloca o piso de rendimento dos trabalhadores brasileiros no debate eleitoral

 Brasília – Enquanto de um lado os brasileiros vão ter de conviver com aumentos de preços controlados, também no próximo ano o vencedor das eleições presidenciais vai ter de definir a política de correção do salário mínimo, o que coloca o piso de rendimento dos trabalhadores brasileiros no debate eleitoral. A fórmula de correção atual, que considera o Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes e a inflação oficial do ano anterior, vem concedendo ajustes acima do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) e será revisada em 2015. É inegável que, nos últimos anos, o mínimo teve forte aumento e isso foi fundamental para o processo de distribuição de renda e para a incorporação de dezenas milhões de pessoas ao mercado de consumo.

“Isso foi bastante positivo para a economia do país e para ampliação da classe média. Mas essa fórmula precisa mudar. O aumento já foi o bastante. É importante criar outra metodologia. A atual é perigosa porque gera distorções e amplia ainda mais as pressões inflacionárias”, comentou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. Ele fez um levantamento comparando os salários mínimos de 23 países e constatou que a remuneração média do brasileiro ainda é menor que a de países que atravessam crises graves, como Grécia, Argentina e Venezuela.  Por outro lado, supera os do Uruguai, Colômbia, Rússia e México.

“A elevação do mínimo foi bem vinda. Em 2001, o piso médio mensal era equivalente a US$ 70 e hoje está em US$ 300. Isso ajudou a criar uma série de novos mercados no Brasil, mas a elevação dessa remuneração acima da inflação é perigosa. Não estou dizendo que o mínimo deve voltar aos US$ 70 de antes, mas que é preciso mudar essa fórmula”, explicou. “Daqui para frente, a discussão é sobre o risco inflacionário. É preciso mudar o processo de reajuste. Usar isso politicamente será muito perigoso”, completou o economista-chefe da Grasdual.

O economista Raul Velloso, especialista em contas públicas e ex-secretário de Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, também defende a mudança na fórmula de reajuste do salário mínimo. “A metodologia atual tem um impacto muito pesado nas contas públicas. O peso do mínimo é de 24% no gasto efetivo da União. Isso significa que ele afeta praticamente 1/4 do gasto total. Assim é difícil manter uma política que faz reajuste acima da inflação porque consome toda a despesa”, explicou.

Produtividade

A sugestão de Velloso é que a nova fórmula de reajuste use uma referência mundial que é a produtividade média da economia. “É preciso considerar o aumento da população junto com o PIB, por isso, seria mais lógico que o reajuste do mínimo fosse equivalente ao aumento da renda per capita. Com a regra atual, nenhuma economia se sustenta”, alertou o ex-secretário do Ministério do Planejamento.

As pressões inflacionárias em função do reajuste do mínimo acima do IPCA trazem uma ideia ilusória de aumento da renda do consumidor brasileiro. Pelo contrário. A inflação cada vez mais alta, podendo romper o teto de 6,5% ao ano da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN) neste ano, de acordo com as estimativas do mercado, corrói o ganho da população em geral. Não à toa, o endividamento das famílias cresce em ritmo acelerado. Em 2005, era de 18,7%, e hoje está em nada menos que 45,8%, de acordo com dados da Gradual Investimentos. (RH)

 Fonte: Estado de Minas – 05.05.2014


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