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Cidades médias avançam

Autor(es): Clarice Spitz Ricardo Ferreira

Cinco municípios do Rio dobram de peso no PIB nacional em 13 anos. Capitais perdem espaço
Com o impulso do petróleo, cinco municípios fluminenses conseguiram dobrar sua participação no Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país) nacional em 13 anos. Campos dos Goytacazes, Macaé, Angra dos Reis, Cabo Frio e Rio das Ostras fazem parte do rol de municípios médios, que têm entre 100 mil e 500 mil habitantes, que mais tiveram ganhos na geração de riqueza entre 1999 e 2011, revelou a Pesquisa Produto Interno dos Municípios, do IBGE. Encabeçando a lista das que mais cresceram está Campos, que praticamente triplicou sua participação no PIB nacional: de 0,34%, em 1999, para 0,90% do PIB. Macaé aparece como quarto maior avanço e, em 2011, tinha 0,30% do PIB nacional. Municípios com produção de minério de ferro, como Corumbá (MS) e os paraenses Parauapebas e Marituba, também estão entre os destaques.

Na outra ponta, nunca as capitais contribuíram com tão pouco na geração de riqueza do país. Em 1999, elas geravam 39,67% do PIB nacional. Em 2011, eram 33,69%. Algumas capitais chegaram a registrar a menor participação da série: caso de São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Belém e Porto Alegre. O Rio de Janeiro também viu sua fatia encolher, sem chegar ao menor nível: hoje contribui com 5,1% do PIB. Já Porto Velho, São Luís, Fortaleza, Maceió e Campo Grande chegaram ao maior nível de suas participações.

PETRÓLEO ELEVA PIB "PER CAPITA"

Entre as razões para a desconcentração do PIB nacional estão os custos com terreno, condições de infraestrutura, logística e segurança, que levam atividades econômicas a se deslocar para as cidades médias. A maior cidade do país, São Paulo, foi também a que mais perdeu participação entre 2010 e 2011: queda de 0,3 ponto percentual, para 11,5%. Em 2007, a capital paulista gerava 12,1% do PIB nacional. Cidade próxima à capital paulista, Itapevi, na região de Osasco, que desenvolveu centros de distribuição da indústria e do comércio, está no grupo dos municípios médios que dobraram sua participação no PIB, ao elevar a geração de riqueza de 0,07%, em 1999, para 0,15% do PIB.

— Essas mudanças passam pela fuga das ineficiências dos grandes centros e das dificuldades de infraestrutura e de custos e, também, por um movimento de busca de novas oportunidades eco: nômicas, muito ligadas às commodities, e pela própria energia empreendedora do interior do país — afirma o professor José Cezar Castanhar, da FGV Projetos.

Em 2011, a alta no preço do barril de petróleo e das commodities agrícolas e minerais foi determinante para a trajetória de municípios. O petróleo influenciou nas principais mudanças, como em Campos de Goytacazes, que teve o maior ganho absoluto de participação: 0,2 ponto percentual. Graças também ao petróleo, três municípios do Rio de Janeiro estão entre as dez cidades com maior PIB per capita do Brasil: Porto Real, Quissamã e São João da Barra aparecem nos 6º, 7º e 8º lugares da lista. O maior PIB per capita é da cidade de Presidente Kennedy, no Espírito Santo: R$ 387,1 mil, tambem em função do petróleo. Porém, em que pese a riqueza do petróleo ser gerada no município ou proporcionar royalties para esta cidade, não necessariamente significa um ganho de renda para os seus moradores.

Apesar do avanço das cidades médias, a riqueza continuou concentrada no país. A renda gerada por apenas seis municípios (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus) respondeu por um quarto de toda a riqueza no país. Com a renda de 55 cidades (ou 1% dos municípios brasileiros), chegava-se a cerca da metade do PIB nacional. Já na última faixa de participação, 1.323 municípios correspondiam a cerca de 1% do PIB e concentravam 3,3% da população.

— A concentração ainda é muito grande — afirma Sheila Zani, técnica do IBGE 

Fonte: O Globo - 18/12/2013


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