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Estatística do crime na tela do celular

Autor(es): ÉTORE MEDEIROS

Um aplicativo lançado ontem permitirá ao cidadão saber, em poucos segundos, se um veículo é roubado ou clonado, por exemplo. Batizado de CheckPlaca, o programa pode ser acessado de smartphones, tablets e computadores e já mostrou serviço antes mesmo do lançamento oficial. No sábado passado, o soldado da PM Ademar Ricardo da Silva suspeitou de um Gol prata que estava estacionado em uma área isolada em Piraí do Norte, na Bahia, a 320km de Salvador. "Do próprio telefone celular, o soldado Ademar decidiu utilizar o aplicativo e, de forma rápida e precisa, já obteve a resposta de que se tratava de um veículo com registro de furto", explicou o major Itamar Gondinho Bandeira, comandante da 60º Companhia Independente da Polícia Militar. Embora o ladrão não tenha sido localizado, o veículo vai voltar para o dono, em Itaquara, também no interior baiano.

Em Belo Horizonte (MG), outra história parecida. O tenente da PM Thiago Vitório ficou sabendo ontem do programa e resolveu testá-lo com as placas dos carros que passavam pela Avenida Contorno, enquanto aguardava apoio para uma operação. Em uma das checagens, o policial constatou que no registro de um Fiat Punto estava marcada uma restrição por furto. O carro foi apreendido e o motorista levado à delegacia mais próxima para se explicar. A orientação para o cidadão que identificar um carro roubado por meio do ChekPlaca é ter precaução. "A primeira coisa que pedimos é que ninguém tome medidas sozinho, é lógico que é arriscado", frisa a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki. O próprio aplicativo remete ao 190 automaticamente, explicou Miki, e é a polícia quem deve agir para recuperar o veículo.

O CheckPlaca é apenas uma das facetas do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (Sinesp), lançado ontem pelo ministério da Justiça. "É impensável fazer política de segurança pública sem informação", definiu o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao apresentar a iniciativa. O ministro conta que, ao assumir a pasta, em 2011, ficou perplexo ao saber que informações essenciais à segurança pública, como índices de homicídios, eram obtidas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). E pior: os dados mais recentes disponíveis estavam defasados em três anos. A partir daí, surgiu uma parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), que culminou com a criação do Sinesp.

Dados integrados
O sistema integra informações de forma a possibilitar a qualquer pessoa fazer consultas sobre estatísticas criminais. Como exemplo, citou Cardozo, um cidadão pode programar o hotel que vai ficar nas férias, por exemplo, a partir dos dados sobre crimes nas redondezas. A polícia pode saber onde e contra quais tipos de ocorrências vai agir.

"Você pode calibrar melhor a quantidade e as estratégias policiais", concorda o coronel José Vicente da Silva, consultor em segurança pública. Em 2002, ele esteve à frente da Secretaria Nacional de Segurança Pública, e resolveu comprar o mesmo desafio. "Simplesmente, não tínhamos esses dados", explica. No segundo semestre de 2002, Silva iniciou conversas com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para desenvolver métodos e instrumentos de coleta para esses dados, na mesma linha do hoje operante Sinesp. "Só que essa iniciativa simplesmente foi brecada no início da gestão de 2003 (início do governo Lula)", lamenta.

O Sinesp deverá englobar uma quantidade cada vez maior de dados, a partir da integração com diferentes sistemas. "Não em menos de 10 anos", opina Silva. Quanto à ideia de consulta do cidadão, o coronel é cético: "Até que ponto convém ao cidadão saber que na rua dele houve quatro furtos de carro, por exemplo? E daí? Não conheço polícia no mundo que faça isso. Isso pode induzir, em alguns momentos, um certo pânico."

"Até que ponto convém ao cidadão saber que na rua dele houve quatro furtos de carro, por exemplo? Não conheço polícia no mundo que faça isso"
Coronel José Vicente da Silva, consultor em segurança pública.

Fonte: Correio Braziliense - 12/12/2013 


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