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Notícias

Vigilância - Clinton Critica Espionagem à Petrobras

CLINTON DEFENDE BRASIL E ÍNDIA NO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU

Autor(es): Pedro Doria e Luciana Rodrigues

Para ex-presidente, EUA não deveriam "levantar informação econômica sob pretexto de segurança"

No Rio para evento de sua fundação, ele defendeu que o Conselho de Segurança da ONU seja ampliado para incluir Brasil e Índia

Em entrevista exclusiva ao GLOBO, o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton criticou a espionagem à Petrobras e defendeu uma política clara de uso de inteligência. "Devemos explicar às pessoas o que é a capacidade de rastreamento de informações. Elas precisam ao menos entender, mesmo que não concordem. O problema é a falta de transparência." No Rio para o primeiro evento de sua fundação, a Clinton Global Initiative (CGI) na América Latina, o ex-presidente elogiou os progressos do Brasil no combate à pobreza e afirmou que o país, com a Índia, deveria participar do Conselho de Segurança da ONU.

 A OMC fechou seu primeiro acordo em quase 20 anos de existência. E o suficiente?

Soube hoje (domingo) de manhã que foi fechado ó acordo, ainda não conheço os detalhes,

É importante construir redes de comércio e investimento e fazer isso de maneira que ajude a todos. Há muitos que acreditam que a globalização só ajuda os ricos. Em alguns lugares, só eles mesmo foram beneficiados. Mas veja a China, Nos últimos 35 anos, desde a abertura em 1978, 500 milhões de pessoas deixaram a extrema pobreza. Nada parecido com isso aconteceu na História. Agora estamos entrando numa era em que não podemos ter sistemas de comércio ou financeiro em nível global se não houver algum pacto para preservar o meio ambiente e dar oportunidades aos pobres de fazerem parte da classe média. Estamos em um novo estágio, com o aquecimento global, a grande desigualdade de renda e com a crise de falta de empregos, sobretudo para jovens, Um dos motivos de a Primavera Árabe ter eclodido no Cairo é que eles deram acesso ao ensino universitário para os jovens. O sistema universitário do país forma 400 mil jovens por ano. Mas a economia não consegue gerar 400 mil vagas para graduados. Fizemos a globalização financeira e agora tentamos fazer a globalização comerciai Mas precisamos de um pacto para proteger o meio ambiente e lidar com questões sociais.

O Brasil fez grandes progressos a respeito da distribuição de renda, mm educação ainda é um problema. Os EUA viveram problemas semelhantes, porém houve uma grande transformação nas décadas de 1950 e 60. Há lições para nós
na experiência americana?

Vocês podem aprender com nossos sucessos mas também com o que .fizemos errado. Após a Segunda Guerra, aprovamos a GI Bill, uma lei que garantia a todo soldado que retomava o direito de cursar a universidade. Era muita gente com ensino superior o que melhorou a qualidade de trabalhador médio e fez crescer ainda mais a economia. Depois de um tempo, porém, começou a desandar. Durante meu governo, aprovei o maior investimento em bolsas de estudo desde a GI Bill. Mas isso foi embora após cinco anos, por causa do aumento de custos do ensino e da inflação. O presidente Barack Obama fez um novo programa. A inflação comeu novamente os incentivos. O resultado é que caímos de primeiro para décimo segundo no mundo em percentual de jovens com ensino universitário. Agora, buscamos soluções com tecnologia e incentivos às universidades para que acolham mais alunos de baixa renda. Os governos Lula e Rousseff tentam fazer algo que nós jamais tentamos: dar às universidades particulares incentivos fiscais proporcionais ao número de alunos de baixa renda. Isso funciona porque, por um lado, aumenta o número de matrículas e, por outro, não incentiva o aumento das mensalidades. Acho que vocês precisam de um misto das políticas que já têm e das nossas de distribuição de bolsas para pobres e classe média. E é preciso uma política para pessoas na casa dos 30 e 40 anos voltarem à universidade, pois estes ainda terão uma longa vida profissional.

 Quando estava no governo, o senhor mencionou que era favorável a um assento permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU

  Ainda acho isso. Sempre achei. Tanto Brasil quanto Índia. Os atuais membros permanentes vão resistir, mas a pressão aumentará para que países do G-20 tenham seu lugar. E a mudança mínima necessária é um lugar permanente para a América Latina e outro para a Ásia não chinesa. São Brasil e índia. Se você pensa em como evolui o PIB global, se pensa como está distribuída a população ou mesmo como as decisões vem sendo tomadas, fica muito difícil justificar a atual formação do Conselho. O século XXI será dominado por redes. A questão é se serão redes positivas ou negativas. A al-Qaeda e suas afiliadas são um exemplo negativo. Redes permitem que organizações tenham menos níveis hierárquicos. Há um conflito, hoje, entre aqueles que desejam concentrar o poder e aqueles que aceitam dividi-lo. Se queremos uma cultura democrática, livre, aberta e diversificada, isso exigirá que tenhamos um processo decisório compartilhado. Se queremos compartilhar a responsabilidade pelo futuro, se desejamos construir uma comunidade, tudo o que Nelson Mandela representava, não há outro caminho. Expandir o Conselho de Segurança é, tanto do ponto de vista simbólico, quanto do prático, importante. É claro que o México e o lapão ficarão incomodados. Mas temos de fazer. É inconcebível que fiquemos mais cem anos com a ONU organizada como está, apenas cinco países com poder de veto. Ou teremos de expandir o Conselho ou precisaremos diminuir o poder de veto.

 Fonte: O Globo - 09.12.2013


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