DIRETORIA – GESTÃO 2023-2025

clique aqui para acessar

 

DIRETORIA – GESTÃO 2022-2026

clique aqui para acessar

 
 
 
 
 

Notícias

Justiça quebra sigilo de Pizzolato

 Autor(es): Antônio Werneck Juliana Castro

Deputada diz que foragido obteve em Madri, em 2010, o passaporte italiano

Para tentar identificar todos os passos de Henrique Pizzolato no Brasil e saber com quem ele conversou antes da fuga, a Polícia Federal pediu e a Justiça decretou a quebra do sigilo telefônico do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil. O pedido de extratos incluem todas as ligações feitas e recebidas nos telefones fixos e móveis em nome de Pizzolato nos últimos seis meses.

Desde que tiveram a confirmação da fuga de Henrique Pizzolato — condenado no julgamento do mensalão a 12 anos e 7 meses por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato — a PF mobilizou um grande aparato para localizar seu paradeiro. Até agora, no entanto, a PF ainda não confirmou oficialmente a presença do foragido èm solo italiano.

Ontem, a deputada do Parlamento Italiano, a brasileira Renata Bueno, afirmou ter recebido informações extraoficiais de que Pizzolato comunicou ao governo italiano a mudança de sua íesidência do Rio para Madri, na Espanha. De acordo com ela, Pizzolato tirou um passaporte italiano no consulado da Itália na capital espanhola, em 2010. Amigos de Pizzolato relatam que o ex-diretor do BB tem familiares vivendo ha Espanha. Procurada pelo GLOBO, a embaixada da Itália em Madri disse que não teria como comentar ontem o assunto.

Na semana passada, a parlamentar enviou requerimento ao Ministério do Interior italiano êm que pede para identificar se existe registro da entrada e da presença de Pizzolato em território italiano e informações sobre qual consulado emitiu o passaporte do ex-diretor de Marketing que estaria válido no momento. As informações ainda não foram repassadas pelo órgão.

BRASIL NÃO TERIA COMUNICADO CONDENAÇÃO

A ideia é comprovar a presença de Pizzolato na Itália e descobrir qual consulado teria emitido a segunda via do passaporte dele, uma vez que o anterior deveria ter sido entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) no fim do ano passado.

— Tive conversas sempre extraoficiais, com pessoas que não podem se manifestar, e a notícia que se tem é que foi emitido um passaporte em 2010 pelo consulado italiano de Madri — afirmou Renata ao GLOBO. Ela foi eleita no início do ano para uma das quatro vagas destinadas no Parlamento aos italianos ou sul-americanos com dupla cidadania que vivem na América do Sul.

Renata relata ainda que, em nenhum momento, o Brasil informou à Itália que havia problemas de Henrique Pizzolato com a Justiça.

— O governo italiano, em nenhum momento, foi acionado pela Justiça brasileira. O Brasil apreendeu o passaporte, mas não comunicou. O documento teria que ter sido dadò em custódia ao governo italiano, mas não foi — declarou a parlamentar.

De acordo com a deputada, Pizzolato teria conseguido a cidadania italiana em Curitiba e mudado posteriormente o local de residência para o Rio, onde passou a morar. Antes de 2010, teria transferido o local de residência para a Espanha.

Para tirar normalmente o passaporte, a pessoa que tem cidadania italiana, mas mora fora da Itália, precisa recorrer ao consulado ao qual está vinculada. Se quiser a emissão do documento em outra representação diplomática, é preciso que o consulado do local de residência da pessoa dê a autorização. Isso pode demorar até 15 dias úteis.

— Ele fez tudo isso de caso pensado. As pessoas já vinham dizendo que isso aconteceria — afirma Renata, para quem Pizzolato tem tido ajuda para escapar da Justiça brasileira.

TRATADO PODE COMPLICAR SITUAÇÃO DE RÉU

Na quinta-feira, um tratado entre Brasil e Itália, que determina que o condenado cumpra a pena em seu país de origem, foi desengavetado ao ser aprovado pelo Conselho de Ministros da Itália. Agora, precisa passar pela Câmara ou pelo Senado do país europeu. Mas, segundo a parlamentar, isso não assegura o cenário pior para o foragido, uma vez que é preciso esclarecer como a regra funcionará em casos de dupla nacionalidade.

Enquanto aguarda as informações do Ministério do Interior, a parlamentar conta com a ajuda do escritório legislativo do Parlamento. O órgão dá assessoria sobre o que tecnicamente pode ser feito para obter informações.

Aqui no Brasil, policiais federais do recém-criado Grupo de Rastreamento e Capturas procuram pistas do destino de Pizzolato. Fora do país, a rede mundial da Interpol foi avisada. A PF ainda alertou 16 adidos espalhados em países nas Américas do
Sul e do Norte, na Europa e na África, além de dez delegados que trabalham em escritórios de ligação nas principais embaixadas brasileiras. Dois policiais da Subdiretoria de Apoio à Investigação de Fugitivos, em Lyon, França, também foram acionados.

— Até agora não há registro do embarque de Pizzolato em voos que tenham partido do Paraguai, Argentina ou Brasil. Estamos trabalhando sem descartar qualquer possibilidade — disse um policial envolvido nas investigações.

Fonte: O Globo - 26/11/2013


•  Voltar as Notícias
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Federação dos Contabilistas nos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia
Av. Presidente Vargas, 583 - Sala 220
CEP: 20071-003 - Centro - Rio de Janeiro / RJ
Fone: (21) 2220-4358 - E-mail: fedcont@fedcont.org.br
Funcionamento: Seg à Sex de 09h às 17h
Filiado a