Autor(es): Eduardo Cucolo
Economistas consultados pelo Banco Central avaliam que a situação fiscal do País vai piorar em 2014, apesar das afirmações do governo de que as contas públicas estão sob controle. A previsão para o superávit primário no próximo ano foi revisada de 1,50% para 1,45% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo a pesquisa semanal Focus, feita com cerca de 100 analistas do setor público e privado e divulgada ontem. Para 2013, a estimativa continua em 1,70% do PIB, Os economistas consultados pelo BC também esperam menor crescimento da economia e maior inflação no ano que vem, segundo o relatório. A projeção de inflação subiu de 5,92% para 5,93%, enquanto a do PIB caiu de 2,13% para 2,11%.
Desde a divulgação do déficit recorde de R$ 9 bilhões em setembro, houve piora na expectativa em relação ao superávit primário, que é a economia feita para pagar os juros da dívida.
Em resposta, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou que a política fiscal está sob "ataque especulativo" da imprensa e de analistas. O secretário insistiu na capacidade de o governo entregar no fim do ano a meta de superávit primário de R$ 73 bilhões do governo central (Tesouro, INSS e Banco Central).
Ainda dentro da ofensiva promovida pelo governo para tentar tranquilizar o mercado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o País vive uma fase transitória e que o resultado fiscal será melhor a cada mês até dezembro.
Fonte: O Estado de S. Paulo - 12/11/2013