Belo Horizonte — A mineradora Vale provavelmente venderá mais ativos neste ano como parte de seu plano de desinvestimentos, disse ontem o presidente da empresa, Murilo Ferreira. Ele citou como exemplo as participações de 40% que a companhia detém na Mineração Rio do Norte, maior produtora nacional de bauxita, e de 22% na norueguesa Norsk Hydro, que atua na produção de bauxita e alumina, além de investimentos na área de petróleo e gás. O executivo disse ainda que tem "uma surpresa" no âmbito de venda de ativos neste ano, mas acrescentou que não poderia dar detalhes.

Maior produtora de minério de ferro do mundo, a Vale vem se desfazendo de ativos que não integram as suas atividades principais. Na semana passada, a companhia anunciou a venda, por R$ 2,7 bilhões, de 35,9% de sua empresa de logística VLI para a japonesa Mitsui e o fundo de investimentos do FGTS, administrado pela Caixa Econômica Federal, e informou que negocia a alienação de uma fatia adicional do empreendimento.

Ferreira disse ainda que uma solução para a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) deveria ter sido arranjada há muito tempo, sinalizando que a sócia Thyssen Krupp já poderia ter resolvido a situação da problemática usina, localizada no Rio de Janeiro. A alemã Thyssen tenta vender a fatia majoritária (73,13%) que tem na CSA e uma usina no Alabama há mais de um ano. A Vale tem 26,87% do negócio.