FEDERAÇÕES E CSB DEBATEM COM MICHEL TEMER A DEFESA DA PROFISSÃO DE TÉCNICO EM CONTABILIDADE
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Dirigentes se reuniram com o vice-presidente da República para discutir ações que derrubem a lei que afetará o direito de quase duzentos mil profissionais.
Dirigentes das Federações dos Contabilistas de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, acompanhados por Antonio Neto, Presidente da Central dos Sindicatos do Brasil – CSB se reuniram com o Vice-Presidente da República, Michel Temer, para defender a profissão de Técnico em Contabilidade, na tarde do dia 29 de setembro em São Paulo.
Luiz Sergio da Rosa Lopes, Vice-Presidente da CSB e Presidente da Federação dos Contabilistas nos Estados do RJ, ES e BA, explicou a Michel Temer que, segundo a Lei 12.249/10, que modificou o Decreto-Lei 9295/46 (Lei de regência da profissão), somente os bacharéis em Ciências Contábeis poderão exercer a profissão e se registrarem no Conselho Federal de Contabilidade (CFC) a partir de junho de 2015. O dirigente elaborou um dossiê que relata todos os documentos sobre o tema e todas as ações da categoria em defesa da profissão.
“Está em jogo duzentos mil postos de trabalho em todo o País. Não podemos permitir que estes postos deixem de ser ocupados, pois é um contra ponto na Política de Trabalho e Emprego”.
O Vice-Presidente da República afirmou que a situação é preocupante e se comprometeu a estudar o caso “Vou analisar este documento junto às instâncias do governo e trabalhar nas medidas a serem adotadas”.
Para Antonio Neto, o fim da profissão representa o desmonte da categoria. “Se existem cerca de quinhentos mil contabilistas no Brasil e duzentos mil serão extintos porque são técnicos, só podemos entender que a categoria se enfraquecerá drasticamente”, criticou o presidente da CSB.
“A Secretaria da Educação do Estado do Rio de Janeiro, já está extinguindo os cursos técnicos de contabilidade dos colégios estaduais, redirecionando os professores para outras atividades e cancelando as matrículas dos alunos” – afirmou Luiz Sergio – “Isto é um absurdo, pois a porta para entrada na profissão, ainda no segundo grau, são os cursos técnicos” disse Luiz Sergio e concluiu “Não se faz uma nação só com Bacharéis”.
Segundo os dirigentes, o interior do País será o grande prejudicado com o fim da profissão de técnico, uma vez que as faculdades de contabilidade estão concentradas em grandes centros. Luiz Sergio da Rosa Lopes afirma que o assunto não se constrói pela seara corporativista, mas sim pela necessidade social.
“Esta lei é uma aberração, fruto de lobby das grandes faculdades. Precisamos acabar com isso em nome da dignidade de milhares de trabalhadores”, concluiu Lopes.
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Participaram também da audiência os Dirigentes das Federações de São Paulo (José de Souza), Rio Grande do Sul (Sergio Dienstmann), Minas Gerais (Mauro Sergio de Melo) , Norte-Nordeste (Manoel Cavalcante) , Secretário de Relações Sindicais da CSB (Itamar Kunert) e Assessor da CSB (Alessandro Rodrigues) .
Fonte: CSB e Federações 30/10/2014 e Boletim 186 Fedcont RJ, ES e BA