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Conselho de classe discute reforma sindical

O Conselho Regional de Administração do Distrito Federal (CRA-DF) promoveu ontem (24) o Seminário Reforma Sindical: governo, empregado e empregador. O evento reuniu, no Auditório Freitas Nobre, na Câmara dos Deputados, representantes do sindicalismo, do empresariado, estudantes e profissionais para discutir o contexto da reforma sindical e como as mudanças poderão atingir a vida dos trabalhadores. O CRA-DF foi pioneiro, no âmbito dos conselhos de classe, ao abrir o debate sobre a reforma sindical.
Logo após a solenidade de abertura do Seminário o presidente do Sistema Fecomércio - DF, Adelmir Santana, contextualizou os ouvintes sobre o que é a PEC 369, que propõe a alteração do artigo 8º da Constituição Federal. Santana falou sob a ótica do empresariado, mas deixou claro que não concorda com uma reforma que supervaloriza as centrais sindicais, em detrimento da base, que é quem realmente vai às ruas para reivindicar direitos dos trabalhadores. "As confederações foram deixadas de lado no projeto e uma de suas finalidades é dar legalidade às centrais", afirmou ele.
O 1º vice-presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, Sebastião Soares da Silva, mostrou-se contrário à referida PEC, porque na opinião dele, não há nenhuma referência aos servidores públicos na proposta e, além disso, ele acredita que num momento de crise econômica como o atual a reforma sindical s ó traria desorganização.
O Secretário Geral Interino da CNPL, Luiz Sérgio da Rosa Lopes, foi o último palestrante do evento, porém trouxe uma contribuição significativa para o público. O contabilista começou sua palestra traçando o perfil do sindicalismo de profissionais liberais no Brasil, mostrando que sempre houve uma divisão clássica entre o trabalhador "tradicional", aquele que realiza o trabalho braçal, e o profissional liberal que, segundo Luiz Sérgio, trabalha com o intelecto. E acrescentou: "Não podemos colocar no mesmo saco um siderúrgico e um profissional que possui curso superior". "Essa reforma mata o sindicalismo de profissionais liberais porque quer fazer justamente essa mistura", concluiu.
Luiz Sérgio elogiou a estrutura sindical brasileira, ao argumentar que o PL 4554, de autoria do deputado Sérgio Miranda (PCdoB - MG), não pretende mexer na Constituição, como o faz a PEC 369, proposta pelo governo. "Não há no mundo uma organização sindical como a brasileira, que é feita da base para a cúpula". "A CNPL tem combatido sistematicamente a reforma, por tratar-se de uma visão "messiânica", e por isso mesmo não pode concretizar-se", disse Luiz Sérgio. Ao final de sua palestra Luiz Sérgio recebeu das mãos do Conselheiro do CRA-DF, Euclides Vieira Silva, uma placa de Honra ao Mérito.
Também esteve presente ao Seminário o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB - SP), que deu seu voto contrário à PEC 369, por acreditar que o sindicalismo deve ser feito nas bases e não fortalecendo as centrais como pretende a proposta. O sindicalista Miguel Salaberry Filho proferiu palestra, mas posicionou-se a favor da reforma, afirmando que o sindicalismo enfrenta problemas hoje porque os sindicatos não são fiscalizados, e a PEC propõe a intervenção estatal nos sindicatos, defendida por ele.

Andressa Resende  


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